Introduçâo
Musica instrumental: Até ao começo do século XVI, os compositores usavam os instrumentos apenas para acompanhar o canto. Contudo, durante o século XVI, os compositores passaram a ter cada vez mais interesse em escrever música somente para instrumentos. Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, um virginal ou um clavicórdio. A maioria dos compositores ingleses escreveu peças para o virginal. No Renascimento surgiram os primeiros álbuns de música, só para instrumentos de teclados. Muitos instrumentos, como as charamelas, as flautas e alguns tipos de cornetos medievais e cromornes continuavam populares. Outros, como o alaúde, passaram por aperfeiçoamentos. Alguns Compositores Renascentistas: Josquin des Préz (1440 1521), Palestrina (1525).
Transição Idade Média – Renascimento na música
Refere-se a uma divisão do tempo que engloba praticamente 1.000 anos de história do continente europeu. Essa classificação para o período - "Média" - foi uma forma que os homens dos séculos 14 e 15, dos reinos italianos, mostrarem que eram inovadores, modernos, transformadores. Na idade Média a transição para o Renascimento (1400 1450) em musica, Características: Livre emprego dos intervalos de terça e sexta; Uso das técnicas do contraponto imitativo e do cânone; A música não é tonal nem modal, é a transição. A preocupação em compor uma música mais agradável e menos cerebral Com características voltadas para a homogeneidade das vozes e equilíbrio, A voz principal deixa de ser na voz grave para a voz superior, Uso da música ficta. Uso do Fauxbourdon: técnica de composição aplicada a duas e três vozes. Duas vozes: melodia principal na voz superior e a voz inferior apresentam intervalos de sextas paralelas intercaladas com oitavas.
Três vozes: melodia principal no soprano e as demais vozes apresentam intervalos de sexta e quarta justa abaixo. Presença de saltos e ornamentos (cadências) Fauxbourdon. Chanson: composição polifônica sobre um texto profano francês. Composição a duas, três e quatro vozes. Textura a quatro vozes (final do século XV): Cantus (melodia) discantus/ superius (voz mais alta) – hoje soprano Contratenor altus / altus – hoje contralto ou altotenor (tenere =sustentar) hoje tenorcontratenor bassus/ bassus – hoje baixo. Compositores: John Dunstable ou Dunstaple (Inglaterra c. 1390 1453) Além de compositor foi matemático e astrônomo; Trabalhou para o Duque de Bedford (1422-1425). Obras: aproximadamente 70 conhecidas, compreendidos entre: Motetos isorrítmicos, partes do ordinário da missa (característica: uso do cantus firmus no tenor e linha melódica ornamentada no soprano). Cantigas profanas.
Ducado de Borgonha: nobres ricos e subordinados ao rei (França) que gostavam de arte e contratavam artistas (pintores, músicos etc) para trabalhar nas capelas e nos divertimentos da corte (festas). Borgonha: região que compreende atualmente a Bélgica e o extremo nordeste da França. Nobres: Felipe, o Bom (reinado: 1419-1467); Carlos, o Temerário (reinado: 1467 – 1477).
A corte borgonhesa reuniu um número significativo de músicos e compositores, formando a chamada Escola franca flamenga. As obras dos compositores patrocinados pelas cortes borgonhesas influenciaram outros centros musicais europeus (Roma, Inglaterra etc). Influenciados pela obra de John Dunstable os compositores da Escola franco-flamenga irão influenciar por um longo tempo a música renascentista. Escola franco-flamenga (principais compositores): Guillaume Dufay (Bélgica, c.1400-1474). Gilles Binchois (Bélgica, 1400 – 1460). Principais composições do período borgonhês: missas; magnificats; motetos chansons.