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Guillaume de Machaut – O Maior Compositor Medieval
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 Música medieval

Guillaume de Machaut – O Maior Compositor Medieval

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Instrumentos medieval

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Bejís Medieval: El traje de los músicos en el S.XII

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Ars antiqua: século XI-XIV
Ars antiqua: século XI-XIV

 

 

Introdução

Todo o processo musical que se desenvolveu entre os séculos XI e XIV constitui o que historicamente se conhece como Ars antiqua, e se caracteriza pelo nascimento da polifonia. A polifonia originou-se na igreja da Bem-aventurada Virgem Maria, antecessora da catedral gótica de Notre Dame, em Paris. Se o cantochão é a expressão musical da arte românica, a polifonia é a da arte gótica. Seu surgimento deu-se de forma gradual. Seus passos principais foram os seguintes: Organum, diafonia ou contraponto (séculos IX e X).

A uma voz tomada do gregoriano, cantus firmus ou voz principal nela está a firme crença da fé se opunha por baixo, à distância de cinco notas (intervalo de quinta abaixo), uma voz totalmente paralela, chamada voz organal (vox organalis), porque atuava como um acompanhamento de órgão à melodia principal. Para realizar ou criar o organum, a cada som do cantus firmus deve se contrapor, ao mesmo tempo, um som da voz organal. Como cada som se chama ponto (punctum), estabelece-se uma contraposição de pontos, o contraponto musical. Discantus (século XI).

Se no organum a voz principal e as vozes agregadas se conduzem em um mesmo sentido paralelas, no discantus a Vox organalis se desenvolve em um movimento contrário: se a voz principal sobe, a voz organal baixa, e vice-versa. Conductus (século XIII). A voz principal ou cantus firmus que se utiliza não é mais extraída do canto gregoriano, mas criada pelo autor, que sobre ela realiza sua polifonia. Gymel e falso-bordão.

Constitui a contribuição inglesa à polifonia. Se nos passos anteriores as vozes se desenvolvem por movimentos a intervalos de quartas, quintas e oitavas, no gymel e no falso-bordão admitem-se, respectivamente, os intervalos de terças e sextas. Ars Antiqua, também chamada ars veterum ou ars Vetus, refere-se à música praticada na Europa do final da Idade Média entre aproximadamente 1170 e 1310, cobrindo o período da escola de Notre Dame de polifonia e os anos subsequentes que viu o início do desenvolvimento do moteto. Normalmente, o termo é restrito à música sacra, excluindo a música secular dos trovadores e trouveres, no entanto, por vezes, o termo é usado mais livremente para significar toda a música europeia do século XIII, e um pouco antes. O termo ars antiqua é usado em oposição a Ars Nova, que se refere ao período de atividade musical entre aproximadamente 1310 e 1375.  

 Pérotin

Na ars antiqua quase todos os compositores foram anônimos. Contudo, dois grandes nomes deste período foram destacados: Pérotin, também chamado de Pérotin, o Grande, era um compositor magnifico, foi um dos poucos compositores de sua época, cujo nome foi preservado, e pode ser seguramente ligado a composições individuais, isto devido ao testemunho de um anônimo Inglês estudante em Notre Dame conhecido como Anonymous IV, que escreveu sobre ele e seu predecessor Leonino. IV anônimo o chamou de "Magister Perotinus" ("Pérotin Master").

Pérotin (c. 1160 – Paris, c. 1236) foi um compositor nascido na França, que fez parte da Escola de Notre-Dame. Não se possui quaisquer informações biográficas acerca deste músico genial. Sabe-se apenas que esteve ligado à nova Catedral de Notre-Dame de Paris (cuja construção viu ser acabada) na qualidade de compositor de organa: desempenhou, portanto, funções análogas às de mestre de capela, entre 1180 e 1230, aproximadamente.

À volta de Perotin e de seu predecessor, Leonin, devem ter gravitado numerosos alunos anônimos, de que foram encontradas algumas obras e que são designados pelo nome genérico de Escola de Notre-Dame. Estes músicos cultivaram os gêneros do organum 2, 3 ou 4 partes, das quais só uma, em valores longos, retirada da literatura, tem texto), do moteto (derivado do organum; a voz principal, ou tenor, é instrumental, sendo as vozes organais cantadas sobre um texto, em estilo silábico) e de conductus (forma mais rudimentar onde o tenor é, geralmente, uma melodia profana e todas as partes, menos o triplum, em estilo silábico). Mas só se puderam atribuir, com certeza, a Perotin, 4 organas e 4 conducti.

 Leonin

Leonin (ou Leoninus) nasceu em c.1135, provavelmente em Paris. Mestre de capela da igreja de Bienheureuse-Vierge-Marie (que em breve, viria a ser a catedral de Notre-Dame de Paris), primeiro grande representante da Escola de Notre Dame, era considerado o melhor compositor de organa do seu tempo. Porém Não foi encontrado qualquer documento que pudesse estabelecer a sua biografia, nem qualquer manuscrito que lhe pudesse ser atribuído com certeza. Morreu provavelmente em Paris, em 1201.  No período subsequente, Petrus de Cruce, um compositor de motetos, é um dos poucos cujo nome foi preservado.

O teórico da música mais famosa da primeira metade do século 13, Johannes de Garlandia, foi o autor do Mensurabili De Musica (cerca de 1240), o tratado que definiu e mais completamente elucidados os modos rítmicos. Um teórico alemão de um período um pouco mais tarde, Franco de Colônia, foi o primeiro a descrever um sistema de notação em que as notas têm diferentes formatos completamente diferentes valores rítmicos (no cantus Ars mensurabilis de cerca de 1280), uma inovação que teve um enorme impacto sobre a história subsequente da música europeia.

A maior parte da música grafada sobrevivente do século 13 utiliza os modos rítmicos como definidos pela Garlandia. A ars antiqua às vezes é dividido em dois períodos difíceis, conhecido como o início gótico e do gótico alto. O gótico inicial inclui a música francesa composta no Notre Dame escola até cerca de 1260, e do gótico alto todas as músicas entre aquela época e sobre 1310 ou 1320, o início convencional da Ars Nova. As formas de organum e conductus atingido o seu pico máximo de desenvolvimento no gótico, e começou a declinar no gótico alto, sendo substituído pelo moteto.